'Ele era um filho para mim', desabafa tutor de cachorro que morreu por falha em transporte aéreo
Publicado em 23 de abril de 2024 19:20
Por Luiz Eugênio de Castro | Reality show, redes sociais e TV
Um jornalista apaixonado por entretenimento e cultura pop.
João Fantazzini, tutor do cachorro de 5 anos que morreu em um avião da Gol, falou sobre o caso que aconteceu na segunda (22).
Tutor de cachorro que morreu em avião da Gol fala sobre o caso© Reprodução, Instagram
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Nesta segunda-feira (22), um cachorro de cinco anos morreu durante o transporte aéreo da Gollog, empresa da Gol, após um erro no destino. O animal, que era da raça golden retriever, deveria ter sido levado de São Paulo para o Mato Grosso, mas acabou sendo colocado em um avião que embarcou para o Ceará. Pela quantidade absurda de horas na viagem, o bichinho não resistiu. Em entrevista ao g1, o tutor do cão, João Fantazzini, falou sobre o caso triste.

Cachorro ficou 8 horas no avião, em condições precárias

João explicou que o veterinário havia dado um atestado indicando que o cachorro aguentaria uma viagem de duas horas e meia. No entanto, o cãozinho chamado Joca ficou por volta de 8 horas no avião. "Eu sempre vi as mensagens das pessoas sobre os cachorros morrerem nesta situação, mas eu nunca esperava isso, acho que o que mais me dói é saber que ele sofreu lá dentro, porque não é justo ele ter morrido desse jeito", disse ele.

Joca deveria sair do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) para Sinop (MT), mas parou em Fortaleza (CE), por engano. Lá, o golden ficou por volta de 1h30 na pista de embarque e desembarque, com alta temperatura, sem comer e nem beber dentro do canil. Quando retornou para a cidade paulista, já estava morto. "Não tem ninguém que aguente uma pista aérea com 36 graus de sol, ele fechado na caixa, eles não tiraram ele da caixa, ele voltou todo molhado", lamentou Fantazzini.

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Gol se pronunciou

Por meio de nota, a Gol declarou ter sido surpreendida com o falecimento de Joca, já que o cão teria recebido cuidados da equipe na capital cearense. "A GOL lamenta profundamente o ocorrido com o cão Joca e se solidariza com a dor do seu tutor. A Companhia informa que o cão Joca deveria ter seguido para Sinop (OPS), no voo 1480 do dia 22/04, a partir de Guarulhos (GRU), porém, por uma falha operacional o animal foi embarcado em um voo para Fortaleza (FOR). Assim que o tutor chegou em Sinop, foi notificado sobre o ocorrido e sua escolha foi voltar para Guarulhos (GRU) para reencontrar o Joca", escreveram.

"A equipe da GOLLOG na capital cearense desembarcou o Joca e se encarregou de cuidar dele até o embarque no voo 1527 de volta para Guarulhos (GRU). Neste período, foram enviados para o tutor registros do Joca sendo acomodado de volta na aeronave. Infelizmente, logo após o pouso do voo no aeroporto de Guarulhos (GRU), vindo de Fortaleza, fomos surpreendidos pelo falecimento do animal", finalizaram o comunicado.

João e Joca iriam se mudar para Sorriso (MT), mas quando o tutor desembarcou e procurou o seu 'melhor amigo', a empresa perguntou se ele optaria por voltar para São Paulo, na intenção de buscar o cão, que havia sido enviado para outro estado por uma falha. A Gol chegou a oferecer um voo de ida e volta das regiões e hospedagem gratuitas. Quando chegou em São Paulo, João foi recebido por outro funcionário que o deixou esperando até o pouso do voo em que o animal estava.

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Tutor lamenta perda do melhor amigo

"Às vezes eu sinto que foi egoísmo meu, que eu poderia ter deixado ele aqui, mas sempre foi eu e ele, sempre. Quando eu saía do meu apartamento ele ficava me esperando o dia inteiro na frente da porta. Ele era um filho para mim. Eu sempre falei que ele foi a minha melhor escolha e agora ele foi embora. O que mais me mata é que ele não deveria ter morrido daquele jeito que eu vi", desabafou o tutor.

"Ele saiu bem, ele voltou morto pra mim. Um descaso total lá dentro, porque ninguém falava nada [comigo]. Eles vinham com lanchinho para mim, pra que que eu vou querer comer? Eles acham que eu preciso que alguém me dê um lanche para comer? O que eu espero é que eles paguem", questionou, revoltado.

Três horas depois de ter embarcado em São Paulo, João viu Joca do pior jeito possível. "[Disseram que] ele não se sentiu bem no voo, perguntei se ele tinha morrido e ela não respondeu. Pediram para um veterinário vir, não tinha veterinário lá, nem aqui quando ele chegou", recordou.

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